A ativista Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, será a futura ministra da Igualdade Racial no governo do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela esteve em reunião nesta quarta-feira (21) com Lula para formalizar o processo de nomeação, seu novo cargo será oficializado na manhã de quinta-feira (22).
Políticos próximos de Lula afirmam que Anielle irá ocupar a pasta a ser recriada.
Lula ainda fará o pronunciamento na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde também é esperado que ele anuncie a maioria dos seus ministros, como já tinha sido antecipado pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Houve um impasse com a nomeação de Anielle para a pasta da Igualdade Racial, a ativista integrou o grupo temático de Mulheres na transição e mostrou grande interesse em comandar essa área em 2023.
Anielle, no entanto, enfrentou uma forte resistência da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que tem o desejo de colocar uma ex-colega de trabalho na estatal Itaipu Binacional no comando da pasta das Mulheres. Com isso, a ativista passou a ser mais cotada para a pasta de Igualdade Racial nas últimas semanas.
Mais recentemente, Anielle recebeu apoio de diversos setores do movimento antirracismo, como a Coalizão Negra por Direitos. No acordo político para ocupar a pasta, a ativista deve ter Martvs como secretário de Promoção da Igualdade Racial da Seppir. A equipe de Anielle também deve incluir Douglas Belchior (PT), na presidência da Fundação Palmares. Belchior foi candidato a deputado federal por São Paulo e presidente da ONG de educação popular Uneafro.
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